17ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Niterói destaca a luta das mulheres LBTI+
Sob o tema 'Luta e (re)existência na defesa das mulheres LBTI’S', o desfile acontece neste domingo (03), a partir das 13h, Icaraí, com concentração em frente ao prédio da Reitoria da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Foto divulgação - Crédito: Evelyn Lee
Em sua 17ª edição, a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Niterói assume um papel fundamental ao pautar e dar visibilidade à contínua batalha das mulheres cis e trans em defesa de seus direitos. O tema deste ano, intitulado 'Luta e (re)existência na defesa das mulheres LBTI’S', evidencia a necessidade de destacar as adversidades enfrentadas por essas mulheres em sua busca por igualdade.
O evento, marcado pela combinação de luta política e celebração, está programado para ocorrer neste domingo (3), a partir das 13h, percorrendo toda a extensão da Praia de Icaraí. A concentração terá lugar em frente ao prédio da Reitoria da Universidade Federal Fluminense, reforçando a importância de espaços acadêmicos no apoio às causas LGBTQIA+.
Organizada pelo Grupo Sete Cores com o apoio da Prefeitura de Niterói e outros coletivos locais, a Parada estima atrair 100 mil pessoas. O evento contará com quatro trios elétricos, incluindo um exclusivo para as Mulheres Lésbicas, Bissexuais e Transsexuais, visando promover e amplificar suas vozes.
'A Parada LGBT de Niterói se destaca dos demais municípios do Estado ao incorporar um caráter de ato político e resistência, para além da celebração de nossas vidas. Este ano, acompanhamos de perto a árdua luta das mulheres, que continuam a enfrentar diversas formas de violência. A voz, resistência e visibilidade proporcionadas pela parada são cruciais para impulsionar a luta dos movimentos sociais', destaca Thiago Gisele, membro da diretoria do Sete Cores.
Transfobia em números
A Parada não apenas celebra, mas também destaca a urgência de enfrentar a transfobia que atinge mulheres cis e trans. Dados estatísticos apontam para uma realidade alarmante. Segundo o Grupo Gay da Bahia, em 2022, o Brasil registrou uma média de uma morte de pessoa LGBTQIA+ a cada 23 horas, sendo que a maioria das vítimas é mulheres trans e travestis. Essas estatísticas evidenciam a necessidade de medidas concretas para combater a violência de gênero e a transfobia, tornando a Parada de Niterói um espaço essencial para conscientização e mobilização.
A transfobia também se manifesta em outros aspectos, como a discriminação no acesso a serviços de saúde e no mercado de trabalho. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), a expectativa de vida de mulheres trans no Brasil é de apenas 35 anos, evidenciando a urgência de ações efetivas para garantir a dignidade e os direitos fundamentais a essa comunidade.
Neste contexto, a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Niterói não apenas celebra a diversidade, mas também destaca a importância de unir forças para superar os desafios enfrentados pelas mulheres cis e trans, promovendo uma sociedade mais inclusiva e justa para todos.
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