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Direitos LGBTQIA+ em risco: retrocessos avançam no Reino Unido e em outras partes do mundo

  • Foto do escritor: Pimenta Rosa
    Pimenta Rosa
  • há 5 horas
  • 2 min de leitura

Pressão para silenciamento no ambiente de trabalho e decisão judicial que exclui mulheres trans da definição legal de mulher revelam sinais de retrocesso nos direitos da comunidade no Reino Unido, enquanto políticas restritivas se intensificam em países como EUA, Hungria e Rússia.


O Reino Unido, historicamente considerado um dos líderes mundiais na promoção dos direitos LGBTQIA+, enfrenta atualmente uma preocupante onda de retrocessos. Em meio a avanços legislativos anteriores, como a aprovação da Lei da Igualdade de 2010 e o reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, emergem sinais claros de que a luta pela igualdade plena está passando por um período de retrocesso.


Um recente relatório divulgado pela organização Pride in Leadership revelou que 85% dos profissionais LGBTQIA+ entrevistados relataram ter encontrado obstáculos em suas carreiras devido à sua identidade. Para evitar discriminação ou serem levados a sério em ambientes corporativos, muitos se sentem pressionados a modificar sua aparência, voz ou comportamento, prática que evidencia uma forma velada de violência institucional. Mais da metade dos entrevistados admitiu ter evitado determinados setores ou funções por receio de hostilidade ou falta de apoio.


Paralelamente, uma decisão da Suprema Corte do Reino Unido causou indignação ao restringir a definição legal de mulher, ao conceito de 'mulher biológica', excluindo explicitamente mulheres trans da proteção plena da Lei da Igualdade de 2010. Embora o tribunal tenha afirmado que pessoas trans ainda podem buscar proteção legal por 'redesignação de gênero', a interpretação oficial fortalece barreiras de acesso a serviços essenciais e enfraquece o arcabouço de direitos arduamente conquistados.


Essa decisão, apoiada por grupos conservadores e definido pelo governo como um 'esclarecimento necessário', traz graves implicações para políticas de inclusão em áreas como saúde, segurança e esportes. Organizações de direitos humanos alertam que tal posicionamento institucionaliza a exclusão e legitima práticas discriminatórias em espaços tradicionalmente exclusivos para mulheres.


O cenário britânico não é isolado. Em diversas partes do mundo, observam-se movimentos semelhantes. Na Hungria, o governo de Viktor Orbán impôs restrições severas aos direitos LGBTQIA+, proibindo paradas do orgulho e limitando o reconhecimento de gênero. Na Rússia, leis anti-LGBTQIA+ se endurecem em meio à repressão política. Nos Estados Unidos, políticas da administração Trump, recentemente reinstauradas, tentam restringir o reconhecimento de identidades de gênero e proibir tratamentos de afirmação para menores transgêneros, enquanto resistências judiciais ainda buscam manter espaços de dignidade, como o direito a documentos com o marcador de gênero 'X'.


A situação em países como Itália, Indonésia e Uganda também é alarmante, com discursos oficiais cada vez mais hostis e legislações que fragilizam ainda mais a proteção de minorias sexuais e de gênero. O atual cenário internacional evidencia que direitos conquistados não são garantias irreversíveis. A luta por igualdade exige vigilância constante diante de retrocessos que, amparados por decisões judiciais e políticas de Estado, ameaçam décadas de avanços sociais.

 
 
 

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@2022 By Jornal Pimenta Rosa

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