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Foto do escritorPimenta Rosa

Instituto Marielle Franco convoca ato em busca de justiça às vésperas do julgamento dos acusados pelo assassinato da vereadora

Manifestação acontecerá nesta quarta-feira (30), dia do júri popular, seis anos após o crime, em frente ao STF para exigir respostas sobre a morte de Marielle e Anderson



A família de Marielle Franco, por meio do Instituto Marielle Franco, está convocando apoiadores e manifestantes para um ato em frente ao 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, a partir das 9h dessa quarta-feira (30), quando será realizado o julgamento dos réus acusados de serem os mandantes do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018. A manifestação marca um momento decisivo em busca de justiça, após seis anos de investigações e mobilização social.


O ato é uma resposta à indignação que o caso provoca desde 2018, quando Marielle e Anderson foram brutalmente assassinados no Rio de Janeiro. A expectativa pelo julgamento reacende a luta por justiça para as vítimas e por um país que não tolere a violência contra mulheres, negros e moradores de comunidades periféricas. Para assistir a transmissão ao vivo do julgamento, acesse: <https://youtu.be/5BP8o2tPzvY>.


Após 78 meses e mais de dois mil dias de buscas, protestos e pressão pública, a luta por justiça pelo assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes alcança um de seus momentos mais decisivos: o julgamento dos réus acusados de mandantes do crime. O Instituto Marielle Franco, fundado pela família da vereadora, convocou apoiadores e ativistas para um ato em frente ao STF, em Brasília, no dia 30 de outubro. O objetivo é dar visibilidade à exigência de justiça, ressaltando o impacto do caso para a população negra, LGBTQIAPN+ e das favelas brasileiras.



Em março de 2024, três nomes de peso foram presos sob acusação de mandarem matar Marielle: Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ); seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão; e o ex-delegado Rivaldo Barbosa, que conduzia o caso à época. Todos responderão perante o júri popular, junto ao major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Nesta semana, eles prestaram depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), com destaque para as negativas dos irmãos Brazão sobre qualquer ligação com o ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ter disparado contra Marielle e Anderson.


Os depoimentos trouxeram à tona as complexas relações políticas e territoriais que se cruzam no processo. A investigação da Polícia Federal aponta que o assassinato de Marielle está vinculado ao posicionamento crítico da vereadora em relação aos interesses fundiários defendidos pelo grupo dos irmãos Brazão, que mantém influência em regiões controladas por milícias no Rio de Janeiro. Os réus respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa, mas as defesas negam todas as acusações.


A família de Marielle Franco divulgou um dossiê sobre o caso no portal casomarielleeanderson.org, relembrando a trajetória de luta e a importância do julgamento como um marco de justiça no Brasil. "Desde que nos tiraram Marielle e Anderson, marchamos, gritamos, amarramos lenços e levantamos placas em busca de justiça", pontua a família. Para eles, o julgamento simboliza a esperança de um país que não pode tolerar a violência e a impunidade contra aqueles que lutam por igualdade e direitos.





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