Jardel Teixeira: a voz da diversidade no parlamento

O pré-candidato a vereador pelo PDT discute os desafios e propostas para a comunidade LGBTQIA+ na capital paulista.

Jardel Teixeira, pré-candidato na luta por moradia digna e inclusão social para os idosos

O primeiro boletim do Programa Voto com Orgulho, coordenado pela Aliança Nacional LGBTI+, divulgado no final de abril, revela o panorama das pré-candidaturas LGBTI+ para as eleições municipais de 2024. Entre as 150 pré-candidaturas registradas, 147 são para vereança e 3 para prefeita/o.

O estado de São Paulo lidera com 34 pré-candidaturas, seguido pelo Rio de Janeiro com 22 e Paraná com 14. Minas Gerais e Pernambuco têm 9 cada. O Rio Grande do Sul possui 10 pré-candidaturas, enquanto a Paraíba registra 6. Bahia, Ceará e Santa Catarina têm 5 cada. Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Norte registram 4 pré-candidaturas cada. Maranhão aparece com 3, e Pará, Goiás e Sergipe têm 2 cada. Amazonas e Tocantins têm apenas 1 pré-candidatura cada.

Em relação à identidade sexual das pré-candidaturas, identificam-se 63 gays, 16 bissexuais, 17 lésbicas, 6 pansexuais, 2 assexuais e 46 heterossexuais – sendo destas 29 mulheres trans, 15 pessoas cis aliadas, 1 homem trans e 1 pessoa não binária. Para dar maior visibilidade às pré-candidaturas, toda semana o Jornal Pimenta Rosa publicará uma entrevista exclusiva com pré-candidatos LGBTs às eleições municipais de 2024, destacando suas trajetórias, desafios e propostas.

Nesta edição, conversamos com Jardel Teixeira, produtor cultural e pré-candidato a vereador em São Paulo pelo PDT. Parte de uma candidatura coletiva, Jardel busca trazer visibilidade e melhorias para a comunidade LGBT, especialmente os idosos.

Você poderia fazer uma breve apresentação sobre sua trajetória política e as motivações para candidatar-se a vereador?

Desde jovem, milito pelas causas LGBT, buscando direitos, respeito e reconhecimento. Com o tempo, percebi a necessidade de atuar diretamente na política para fazer a diferença. Como idoso LGBT, enfrento desafios específicos e vejo a urgência de garantir moradia digna, saúde de qualidade e inclusão social para nossa comunidade. Decidi me candidatar para lutar por essas causas e oferecer melhores condições de vida aos idosos LGBTs, além de fortalecer as políticas públicas para todos.

Quais são os principais desafios que você enfrenta como pré-candidato LGBT?

O maior desafio é garantir moradia popular para idosos LGBTs. Muitos vivem em condições precárias e precisam de um espaço seguro e acolhedor. A ideia é criar comunidades onde possam viver com independência e apoio mútuo. A luta por moradia digna é essencial, assim como garantir que os idosos tenham acesso à saúde e oportunidades de trabalho, combatendo o etarismo.

Seu partido oferece apoio específico para candidatos LGBT? Se sim, quais tipos de apoio?

Sim, o PDT possui um núcleo de diversidade que nos apoia. Contudo, o apoio varia conforme a visibilidade do candidato. Mesmo com esse apoio, é essencial que o candidato seja proativo, busque alianças e trabalhe arduamente para conquistar seu espaço. O partido investe em candidatos engajados e determinados a fazer a diferença.

Coletivo Movimento Resista do PDT Diversidade com os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy e Guilherme Boulos

Quais são suas principais propostas para a comunidade LGBT?

Foco nas minorias, especialmente nos idosos LGBTs e nas pessoas trans que enfrentam a prostituição e a exploração. Quero lutar por moradia digna e inclusão social para os idosos, garantindo que possam viver com dignidade e respeito. Para as pessoas trans, é crucial combater a exploração e oferecer alternativas de sustento.

Qual mensagem você gostaria de deixar para os eleitores da comunidade LGBT?

Analise suas opções e vote conscientemente. É vital escolher candidatos comprometidos com a causa LGBT e com a melhoria das condições de vida de todos. A participação ativa e informada é fundamental para fortalecer nossa representatividade e garantir nossos direitos.