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Foto do escritorPimenta Rosa

Sarah McBride responde à polêmica sobre restrições a pessoas trans no Capitólio

Primeira congressista transgênero eleita para a Câmara dos EUA destaca foco em questões reais e critica ataques políticos contra a comunidade trans



Sarah McBride, a primeira pessoa transgênero eleita para a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, respondeu às recentes medidas que restringem o uso de banheiros no Capitólio por pessoas trans. O decreto, emitido pelo presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, determina que banheiros exclusivos para um único sexo sejam usados apenas por indivíduos de acordo com seu sexo biológico.


McBride, que assumirá seu cargo em janeiro como representante de Delaware, abordou o assunto em uma declaração no X (antigo Twitter). “Não estou aqui para brigar por banheiros, estou aqui para lutar pelos habitantes de Delaware e reduzir os custos enfrentados pelas famílias”, escreveu, enfatizando que seguirá as regras, apesar de discordar delas. Ela também classificou a restrição como uma distração da extrema direita frente a problemas urgentes como saúde, habitação e cuidados infantis.


A restrição foi acompanhada de críticas acirradas de outros parlamentares, incluindo Nancy Mace, republicana da Carolina do Sul, que apresentou um projeto de lei para barrar pessoas transgênero de usarem banheiros no Capitólio que correspondam à sua identidade de gênero. Em declarações à imprensa, Mace insistiu que McBride “não pertence aos espaços femininos”, reforçando uma retórica amplamente considerada transfóbica.


A decisão gerou forte oposição entre defensores dos direitos LGBTQIA+. Mark Pocan, representante de Wisconsin e presidente do caucus de igualdade do Congresso, classificou a medida como “cruel e desnecessária”, alertando para os riscos de discriminação e assédio no Capitólio. Ele questionou ainda como a regra seria aplicada, apontando o absurdo de exigir certidões de nascimento ou testes genéticos de funcionários e visitantes.


Organizações como a Human Rights Campaign e o comitê LPAC também se manifestaram. LPAC destacou que pessoas trans são desproporcionalmente vulneráveis à violência e acusou os republicanos de usarem ataques à comunidade trans como estratégia política para desviar a atenção de sua incapacidade de governar.

A campanha presidencial de Donald Trump e iniciativas estaduais em pelo menos 14 estados reforçam essas medidas restritivas, buscando limitar os direitos de pessoas trans em áreas como uso de banheiros e participação em esportes.


Apesar dos ataques, Sarah McBride mantém o foco em sua missão como representante eleita. Em sua declaração, ela destacou a importância de construir pontes no Congresso:


'Cada um de nós foi enviado para cá porque os eleitores viram algo de valor em nós. Espero que meus colegas busquem fazer o mesmo comigo.'

McBride, que já havia feito história em 2020 ao se tornar a primeira pessoa transgênero eleita para um Senado estadual, segue comprometida em lutar por igualdade e em reduzir barreiras enfrentadas por suas comunidades. Sua postura firme diante das polêmicas reforça a importância de sua presença no Congresso, especialmente em tempos de desafios políticos e sociais.

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