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Foto do escritorPimenta Rosa

Trans e travestis recebem looks exclusivos para celebrar o mês do Orgulho LGBTQIA+

Além do novo editorial de moda, a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) está lançando o 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores



Por Elen Genuncio


O Movimento Sou de Algodão, iniciativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), está com um novo editorial de moda. Lançado este mês, com o intuito de celebrar o orgulho LGBTQIA+. O projeto conta apenas com modelos trans e travestis. Todos os looks foram desenhados e confeccionados exclusivamente para cada um, com cores predominantes e inspiradas na bandeira trans, além de ter o algodão como o principal componente. A mesclagem conforto, alfaiataria, leveza, streetwear e técnicas manuais valorizam a simplicidade da vida e representatividade, prova de que a fibra é totalmente versátil e, com ela, pode-se criar o que imaginar.


Ainda como parte das comemorações, a segunda edição do 'Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores' já está com as inscrições abertas - individuais ou em duplas - e podem ser feitas até o dia 15 de outubro, no portal <www.soudealgodao.com.br/desafio>. O projeto tem como objetivo dar oportunidade para os estudantes mostrarem toda sua criatividade. Além disso, os trabalhos poderão ser dos segmentos de moda masculina, feminina, alta costura, prêt à porter, fitness, homewear/loungewear ou streetwear.


'O Movimento busca valorizar a democratização do uso do algodão brasileiro. Sempre acolhemos e abraçamos todos os públicos, e isso faz parte da nossa essência. Historicamente no movimento, sempre tivemos a presença da diversidade, promovendo a inclusão. Acredito que, para isso, todos devem se sentir representados', explica Júlio Cézar Busato, presidente da Abrapa.


Busato destaca que os estilistas responsáveis pelos looks deste editorial saíram da final do 1º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores. São eles, Assumpta + Tear Têxtil; Dário Mittmann + Tecebem Têxtil; Mateus Cardoso + Covolan; Ateliê Fomenta + Capricórnio Têxtil; Rodrigo Evangelista + Teray Têxtil, e Patrick Langkammer + Renauxview.


O estilista Dário Mittmann frisa a importância de criar as peças para esse editorial, enfatizando o contraste entre o masculino e o feminino.


'A cor escolhida para o look foi o rosa claro, presente na bandeira trans, que é tradicionalmente reconhecida como símbolo de feminilidade. Já o tecido usado é a tricoline, muito comum na alfaiataria masculina, mas, na criação, é trazido para um vestido leve e esvoaçante. Quem costurou foi a Tecebem Têxtil, que não fabrica o tecido citado, mas abriu uma exceção para este projeto'.


Já os modelos fotografados foram: Athena Vox, fotógrafa, videomaker e embaixadora da pexels no Brasil; Gabs Alice, que trabalha como modelo e é a Miss T 2020, concurso de beleza voltado para travestis e transgêneros, além de ser palestrante ativista e eBANKER; Kaique Theodoro, primeiro artista homem trans a cantar nas noites cariocas; Mika Mattos, modelo, jornalista, baiana e que vem ganhando espaço no jornalismo nacional; Nick Navevaiko, modelo, palestrante e ativista das causas LGBTQIA+, e Kylie Wendy Ra, modelo.


De acordo com Athena Vox, é curiosa a forma de como a produção partiu literalmente do zero, com os parceiros do Movimento Sou de Algodão criando looks especificamente para o editorial.


'Se me permitirem ser um pouco poética, as confecções com algodão existem há tanto tempo e mesmo assim ele sempre consegue se transformar e adaptar, sendo utilizado em novas técnicas e atendendo as frequentes demandas da moda. Não importa o formato, ele continua sendo a matéria prima de um material de extrema qualidade e refino', finaliza.



SERVIÇO:

2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores

Inscrições: até 15/10/2021 pelo portal <www.soudealgodao.com.br/desafio>. Os projetos podem ser individuais ou em duplas

Seleção de semifinalistas: 29/10/2021

Divulgação dos trabalhos finalistas: 24/12/2021

Desfile presencial finalistas: maio de 2022



Sobre Sou de Algodão

Movimento único no Brasil, nasceu em 2016 para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia do algodão, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável - ABR, que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos, representando 36% de toda a produção mundial de algodão responsável.

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